quinta-feira, outubro 06, 2005

Sínodo

Meus queridos,
Como sabem está a decorrer neste momento um Sínodo (reunião de todos os bispos do mundo - que possam ou queiram estar presentes) onde se discute o tema da Eucaristia.
É importante mantermo-nos atentos ao que se passa lá.
Por enquanto chamo a vossa atenção para este artigo: http://www.ewtn.com/vnews/getstory.asp?number=61147
nomeadamente os seguintes pontos:
1 - Uma sugestão de um Bispo do Cazaquistão (que foi perseguido) para que a Santa Sé estabeleça a regra de ser obrigatório receber a comunhão directamente na boca e de joelhos.
2 - Uma sugestão de um Bispo do Ecuador para que nas Sextas Feiras da Quaresma, não se celebre a Eucaristia, ou seja, uma forma de jejum eucarístico, que ajudaria os fiéis a dar mais importância à Eucaristia e libertaria os Padres para outros sacramentos, nomeadamente o da reconciliação. Não fica claro no artigo se poderia haver celebração da palavra e distribuição da eucaristia em vez de missa, como se faz na Sexta Feira Santa...
3 - Muita insistência de várias partes na importância de receber a eucaristia de forma preparada (confissão).
4 - Um bispo da Nova Zelândia que sugere permitir a comunhão a "recasados" e a esposos não católicos, mas cristãos de fiéis.

Já agora podemos abrir à discussão aos frequentadores deste blog. O que acham destes assuntos?

10 comentários:

João Silveira disse...

Tenho mto gosto em comentar este post, e falarei de cada 1 dos pontos:

1 - Em teoria concordo, pq quando comungamos recebemos o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, q é Deus. Como é q isto é possivel, não sei...não tenho Fé nem inteligência suficientes para perceber, mas acredito q é isso q acontece.
Este acto tem de ser feito num estado profundo de reverência e respeito, e o ajoelhar ajuda nesse aspecto. Claro q é preferível a reverência da alma à reverência do corpo, mas às vezes há pequenos gestos que nos ajudam a "dobrar" a alma e o orgulho.
No entanto, esta medida ñ é prática, mais q ñ seja por questões logísticas e de tempo de duração da Eucaristia. Penso que ñ se deve complicar demais, e as exigências para comungar são suficientes para garantir o respeito pelo Santíssimo Sacramento. Se bem q às vezes parece q as pessoas pensam q estar ali na fila para O receber, ou na fila do pingo-doce é a mesma coisa.

2 - Não concordo com esta medida, pq as pessoas ñ precisam de ñ ir à Missa p sentir a falta, devem é ir mais por ñ conseguirem faltar.
Sexta-Feira Santa é o único dia em que ñ se celebra a Santa Missa porque Nosso Senhor está morto...a Igreja está de luto. Nas Sextas-Feiras da Quaresma o Senhor está "vivinho da silva", apesar de estar retirado a rezar. Podem-se fazer muitos jejuns na Quaresma, mas que sirvam para nos aproximar de Deus,e não para nos afastar...
Quanto à maior disponibilidade dos padres para o Sacramento da Reconciliação, por ñ ser celebrada a Santa Missa nesses dias, sinceramente parece-me q as pessoas ñ se confessam por preguiça, medo e sobretudo desconhecimento do que é realmente e da importância desse Sacramento, duvido q alguém ñ se costume confessar pq ñ encontra nenhum padre livre.

3 - O grande apóstolo S.Paulo ñ deixa lugar a dúvidas neste ponto: ”…todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho; pois aquele que come e bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Por isso, há entre vós muitos débeis e enfermos e muitos morrem.” (1 Cor 11, 27-30)
A maior parte das pessoas ñ sabe q tem de estar livre d pecado e em comunhão com Deus e a Igreja para receber dignamente a Eucaristia. Lembro-me de uma conferência com o Rui Corrêa d´Oliveira, num Encontro Nacional das EJNS´s,em q ele disse:"..as filas para a confissão estão vazias,mas as filas para a comunhão estão cheias."
Vale a pena pensar nisto...

4 - Por mais q custe recusar as comunhão a alguém, é mesmo necessário estar em comunhão com Deus para receber o Santíssimo Sacramento, e infelizmente as pessoas recasadas ñ estão. Sobre isto Jesus é mto claro: "Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra aquela. E se ela repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério" (Mc 10, 11-12).
E baseando-se na Palavra e Vontade do Senhor, a Igreja, durante estes 2000 anos de história também nunca deixou dúvidas em relação à indissolubilidade do Sacramento do Matrimónio.
Este é um assunto mto complexo, relacionado com mtas emoções, vidas complicadas, etc..mas ñ creio q exista alguma possibilidade de ser sequer equacionado de uma forma séria.

Será certamente um Sínodo bastante interessante de seguir...

Laura disse...

Bravo Filipe!

Só vou comentar o primeiro ponto pq ainda não pensei mt sobre os outros.

Estou completamente de acordo com o joao silveira, qd diz que comungar deve ser feito num estado de reverência e respeito. No entanto concordo ainda mais qd diz q não é uma medida mt prática e penso mesmo que não será necessário complicar demais. Acho preferivel apostar na formação (catequese) para que TODOS percebam o verdadeiro significado do que estão a fazer e como o joao diz irem para a fila da comunhao de maneira diferente de como vã para a fila do pingo doce...

Anónimo disse...

Só queria comentar um dos pontos do João, nomeadamente aquele sobre as Sextas Feiras da Quaresma, quando dizes que "Quanto à maior disponibilidade dos padres para o Sacramento da Reconciliação, por ñ ser celebrada a Santa Missa nesses dias, sinceramente parece-me q as pessoas ñ se confessam por preguiça, medo e sobretudo desconhecimento do que é realmente e da importância desse Sacramento, duvido q alguém ñ se costume confessar pq ñ encontra nenhum padre livre."
Pode bem ser verdade na nossa realidade, onde temos dezenas de missas e de padres basicamente à disposição, é uma questão de preguiça nossa. Mas há outras realidades que temos que ter em consideração e lembrar que em Portugal e especialmente em Lisboa, temos muita sorte até... o mesmo. Cito o mesmo bispo do ecuador, noutro artigo:
"Bishop Lorenzo Voltolini Esti of Ecuador said the number of people going to confession was dropping either because priests had little time or were not available."

Quanto ao resto, acho que estamos basicamente de acordo. Tenho "mixed" feelings em relação à comunhão para "re-casados" compreendo a argumentação, mas como dizes custa muito, especialmente quando parece que a Eucaristia é vista mais como um prémio para quem se porta bem do que como uma ajuda preciosa para nos ajudar a ultrapassar o pecado.

Anónimo disse...

Mais uma coisa que acabei de encontrar, no seguinte forum, onde se estão a debater estas questões:
http://www.byzcath.org/bboard/ultimatebb.php?ubb=get_topic;f=1;t=002300
e que tem a ver com a ideia de não celebrar a eucaristia nas Sextas Feiras da Quaresma. Acontece que cada tradição cristã tem diferentes hábitos para a época quaresmal:
Nas igrejas bizantinas (gregos, russos e por aí fora) celebram-se menos eucaristias do que o normal, celebrando apenas a liturgia da palavra com comunhão do Corpo e Sangue de Cristo previamente consagrados à Quarta e à Sexta.
A igreja copta (egipto e etiópia) aumenta o ritmo das eucaristias, tendo-as diariamente (não conseguiu perceber se passa a ser obrigatório para os fiéis participar diariamente, ou se apenas se passa a garantir que a eucaristia é celebrada diariamente).
Na Igreja Arménia deixa pura e simplesmente de celebrar eucaristias durante a semana e durante o fim de semana as celebrações decorrem inteiramente atrás de portas fechadas e sem distribuição da comunhão aos leigos!
Atenção que enquanto a esmagadora maioria dos bizantinos, coptas e arménios são ortodoxos, há significativas minorias que seguem as mesmas tradições e são católicos.
Não pretendo chegar a nenhuma conclusão com esta informação, apenas alertar para o facto de haver N práticas diferentes, todas antigas e todas respeitáveis.

inésia disse...

eu só vou comentar o 4º ponto. na viagem senza, um padre em roma comentou esta possibilidade, e mostrou q esta tem razão de ser no caso de o conjuge "recasado" (ou novamente solteiro) tenha sido maltratado/abandonado/enganado, pois essa pessoa não tem culpa. se um assassino arrependido a cumprir pena pode receber comunhão, pq n poderá recebê-la uma vítima q tenta reconstruir a sua vida?

Anónimo disse...

A mim também me faz confusão, mas a verdade é que mesmo que a pessoa não tenha tido culpa no divórcio, a verdade é que, a não ser que o casamento tenha sido nulo, ao re-casar civilmente, passa a viver num estado de adultério, pois a Igreja não reconhece o fim do primeiro casamento.

Laura disse...

Esse ponto tb me faz confusao pq percebo os 2 lados, mas acho q a Nocas tem razao: um assassino arrependido pode comungar e um re-casado nao. E sinceramente acho mt menos grave ser re-casado do que assassino arrependido...
Além de que mts re-casados são óptimos católicos.
Concordo tb quando o Filipe diz especialmente quando parece que "a Eucaristia é vista mais como um prémio para quem se porta bem do que como uma ajuda preciosa para nos ajudar a ultrapassar o pecado."

Anónimo disse...

Vocês estão a usar uma comparação que não faz sentido.
Não se pode comparar um pecador arrependido (seja assassino ou não) com alguém que vive em adultério e não está arrependida, como é o caso do recasado. (se tivesse arrependido a solução seria dolorosa, mas simples).
Por mais que um dos pecados seja mais grave que o outro, no caso do assassino houve arrependimento e pedido de perdão e no outro caso não houve nem uma coisa nem nada. O estado do assassino foi pontual, o outro perdura.

O grande problema aqui é que nós ainda temos a mania, burguesa e liberal de que o importante é ser feliz... Mas isso não é verdade. O importante para um Católico não é ser feliz, é ser Santo. Se o for, isso levará à felicidade certamente. Agora, se o seu casamento terminou, mesmo que não seja por sua culpa, a Igreja pede que viva o resto da sua vida (pelo menos até que o primeiro marido/mulher morra) no celibato. É duro, mas é assim e mais uma importante razão para ter muito cuidado a entrar numa aventura como o casamento.
Claro que tudo isto parece simples no papel (ou no ecrã). Quando a pessoa em questão é nossa mãe, ou irmão, ou tio, e o problema ganha uma face humana, percebemos que não é simples julgar.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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