Queria fazer um comentário ao recente post do Pipos, mas achei de importância suficiente para merecer um post próprio.

Sei que não foi o Pipos quem escreveu a biografia de S. Francisco, mas há uma passagem um bocado preocupante.
"S. Francisco de Assis é sempre diácono, sem alcançar a dignidade sacerdotal."
Quem lê isto, fica com a ideia que o pobre S. Francisco morreu frustrado por não ter sido ordenado Padre. Nada mais longe da verdade!
S. Francisco nunca quis ser ordenado Padre. Ele foi ordenado diácono para poder pregar, mas nunca desejou o sacerdócio porque não tinha vocação para tal.
Pode parecer detalhe, mas não é! Nos nossos dias olha-se os diáconos como uma espécie de acólitos crescidos. O diáconato é uma ordem tão antiga como o sacerdócio, deu à igreja o primeiro mártir, não é uma ordem de menor dignidade ou respeito que o sacerdócio.
Há quem tenha vocação para o diaconáto e não para o Sacerdócio. Infelizmente, hoje em dia, não se dando valor ao primeiro, qualquer rapaz que sente um chamamento para servir a igreja pensa automáticamente que é para o sacerdócio, mas não é necessariamente assim. Aliás, quem é ordenado Padre sem ter essa vocação, ou a vocação para o celibato, pode ver a vida a correr-lhe muito mal e pôr em perigo a sua própria salvação.
Tenho pena que a Igreja não aposte mais na divulgação deste honrável e venerável serviço à Igreja, poderia poupar muitas dúvidas vocacionais a jovens rapazes que não sabem bem para o que é que Deus os chama.