quinta-feira, janeiro 31, 2008

Obrigado...

aos que nos ajudaram no côro.
aos que estiveram presentes para dar um abraço.
aos que não deram um abraço mas estiveram presentes à mesma.
aos que não puderam estar presentes mas mandaram mensagens.
aos que simplesmente fizeram o mais importante, que é rezar.

e ainda aos que se calhar nem souberam que a minha avó tinha adormecido no regaço do Senhor mas que, sabendo agora, ainda se vão lembrar disso nas suas orações.

Muito obrigado a todos.

domingo, janeiro 27, 2008

Regresso (mais um vez!)

Amanhã tenho o último exame desta época - Ontologia (rezem rezem) - e a seguir parto numas férias de 5 dias com o meu curso (somos 7 cólegas) e o Pe Ricardo, pela Galiza. Iremos fazer muito turismo e passaremos, como é óbvio, por Santiago.
Estarão todos presentes na minha oração!
Que importante foi esta nossa peregrinação... não me esqueço!
Bjs e abrs

sábado, janeiro 26, 2008

Salmos Imprecatórios, uma aula!

Para os que realmente desejam aprender, aqui está uma bocadinho da matéria que eu (e provavelmente também o Filipe) aprendi na cadeira de Propedêutica Bíblica. Vale a pena ler tudo e não só passar os olhos!

Os salmos que contêm imprecações são os números 58; 109; 82; 83; 35.

Aqui fica uma pequena exposição do Sr Prof Pe Armindo dos Santos Vaz

* Frequentemente o género literário de imprecação faz com que apareçam as formas mais gráficas, refinadas e duras, as menos calculadas e, portanto, chocantes para a mentalidade e sensibilidade cristã. Muitas vezes não são senão fruto da imaginação desenfreada, com vocabulário colorido e sonoro, feito de hipérboles sem limites, com formas estereotipadas da linguagem oriental, clichés literários convencionais, tendentes a impressionar ou a exprimir com veemência e autenticidade um pedaço de vida diante de Deus. Assim, as imprecações não são senão o veículo literário da vibração fogosa da alma semita, fortemente imaginativa e realista. Muitas vezes são imprecações literárias e poéticas (cf. Sl 109,17ss). Entender esta linguagem imagética como linguagem conceptual falseia o seu sentido real.

* As imprecações contra os ímpios eram fundamentalmente éticas, enquanto ditadas por um profundo sentido de justiça: visavam a punição do ímpio pecador; nasciam do zelo ardente do Salmista pela honra de Deus e pelo bem do povo. Por isso, até eram formuladas sobretudo na oração (nos Salmos imprecatórios). Frequentemente têm como contexto a “lei de talião” (Ex 21,13s), que exprimia, embora de forma rude, o princípio de que toda a culpa deve ser punida. Quando o justo invocava o castigo sobre os seus adversários tinha sentimentos rectos. Nas imprecações o piedoso de algum modo identificava a própria causa com a de Deus, ao menos com a causa da justiça e da rectidão; nas afrontas que sofria dos malvados via a ofensa da própria honra divina. Por isso, quem imprecava exprimia o desejo legítimo de que não houvesse mais inimigos de Deus. A veemência verbal mais incendiada era entendida como sinal de maior amor a Deus [1].

* Quem imprecava não queria exercer a justiça/vingança por sua própria conta; manifestava o desejo veemente de que a justiça fosse exercida; por isso, pedia-a ao próprio Deus, justo, que, segundo a fé do tempo do salmista, dá a cada um segundo as suas próprias obras durante a vida terrena, pois ainda não tinha a ideia da retribuição escatológica na vida eterna. Para ele, a justiça de Deus só se podia efectivar no âmbito da vida temporal. Assim, sob este aspecto, as imprecações eram a expressão de almas dolorosamente provadas e limitadas aos horizontes deste mundo. A transferência dos desejos de vingança para Deus permitia ao orante uma espécie de catarse, descarregando-se deles e impedindo a explosão da violência física.

* No AT o mal e o bem eram captados ‘concretamente’ em quem os realizava. Não se distinguia adequadamente entre pecado e pecador, vistos como uma única coisa. Dado que, segundo pensavam, Deus odiava o “pecador”, era normal que o justo odiasse aquilo que Deus odiava (cf. Sl 139,21; 15,4) e amasse o que Deus amava.

* O ódio contra os malvados compreende-se atendendo a que eles não eram simples inimigos pessoais, mas gente que punha em perigo a fidelidade à Lei do Senhor, tentadores, incarnação das potências do mal, gente que com as suas maquinações tentava afastar o justo da prática religiosa [2].

Estas observações não devem banalizar os textos bíblicos que apelam à vingança divina. Tentando compreender esse discurso, tem de ser dito que ele hoje não é legítimo em nenhuma situação. A própria Bíblia mostra que não se pode encerrar Deus numa concepção simétrica em que ele se opõe aos seus opositores, como um Deus justiceiro.

Uma vez compreendido por que estão na Bíblia do AT, problema mais agudo é o de decidir se conviria rezar os Salmos imprecatórios hoje, na oração oficial da Igreja do NT. A Introdução à Liturgia das Horas de 1971 excluiu da liturgia eclesial três salmos inteiros (58, 83 e 109) e todos os versículos de carácter imprecatório. A solução não seria banir essas orações da oração da Igreja, mas em compreendê-los e em perceber por que estão na Bíblia. Eles podem ser a linguagem ou expressão dos lamentos e da revolta interior do cristão, que ainda hoje e mais do que no tempo dos salmistas hebreus depara constantemente com o mal moral. Esses salmos podem servir para as vítimas da violência elevarem o seu grito de pedido de justiça a Deus, num protesto orante e não violento face à violência e ao medo. Nos salmos, entregar a ‘desforra’ a Deus implica renúncia à vingança por parte do ofendido (ver Sl 94). Jesus também os rezou, assumindo nessa sua oração a inconformidade de todo o cristão relativamente ao mal moral.



[1] Cf. Ne 3,36-37; 5,13. E. ZENGER, Ein Gott der Rache? (Freiburg 19982) trata dos chamados salmos da ira de Deus. Ver tradução inglesa, da 1ª ed.: A God of Vengeance? (Louisville 1996).

[2] Sobre as “imprecações”, cf. L. JACQUET, Les Psaumes et le coeur de l’homme. Étude textuelle, littéraire et doctrinale I (Duculot 1975) 130-144; M. de TUYA - J. SALGUERO, Introducción a la Biblia, I, pp. 286-314.



Espero quer alguém se interesse, mas é melhor isto do que pôr-me para aqui a inventar e a dizer maios ou menos o que acho que são estes Salmos!

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Salmos imprecatórios...

Para quem não sabe o que são, aconselho a leitura dos Salmos 83 (82) e 140 (141).

E comentem! E os que não saibem escusam de fingir, são todos aqueles que ficaram calados!Quem sabe pode explicar nos comentários..

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Despenalização do fumo e do aborto

Eu sou totalmente a favor da nova lei do tabaco, pois odeio levar com fumo e sou anti-tabagista, mas reconheço que este texto está muito bom!!

16.01.2008, Catarina Almeida

Enquanto o Governo proíbe o cigarro, permite e paga o aborto
O Presidente da República Portuguesa convocou hoje o referendo à despenalização do fumo em locais públicos, depois de o Tribunal Constitucional se ter pronunciado favoravelmente à pergunta: "Concorda com a despenalização do fumo em locais públicos, se realizado por opção do fumador maior de idade ou emancipado?"Desde 2008, conhecem-se 130 processos terminados, com 344 arguidos (todos de baixos rendimentos) e 103 condenações. Segundo a análise feita pelos deputados que requereram o referendo, a maioria dos fumadores julgados tinha entre 35 e 50 anos e fumava por prazer.Conhece-se agora o primeiro movimento a favor da despenalização, Sim, Fumamos! No documento constitutivo do movimento, que reúne fumadores de vários quadrantes políticos, partidários e culturais, lê-se: "Os julgamentos de Lisboa, Coimbra e Braga são exemplos da ineficácia da actual lei - não evita que se fume e coloca os fumadores numa posição desumana de penalização e humilhação."Aquando da elaboração da lei, o Governo de Sócrates afirmou ter em conta sobretudo a prevenção do tabagismo, proibindo-o, protegendo assim a sociedade, principalmente os cidadãos mais vulneráveis. "É vergonhosa a condição a que nós, fumadores, somos remetidos. Empurram-nos para a barra do tribunal, abrindo espaço a que se criem espaços privados de higiene e condições. Somos actualmente vítimas do fumo do vão de escada e sentimo-nos verdadeiros criminosos. No entanto, aqueles que têm posses conseguem fumar sem ser importunados."Enquanto a actual lei se mantiver, acontecerão as denúncias e, como consequência, a investigação policial sobre fumadores e suas famílias. O tabagismo clandestino é um flagelo e um problema de saúde pública. A actual política de proibição impede o SNS de ajudar os fumadores, prevenindo os seus riscos através da educação para a saúde.Talvez não cheguemos a ler esta notícia no ano de 2028. É, claro está, uma analogia aparentemente exagerada e desproporcionada entre o aborto e a caça aos fumadores.Mas a verdade é que vivemos numa sociedade onde o aborto não é penalizado em nome da liberdade individual; ao mesmo tempo, vemos nos primeiros dias de Janeiro notícias como "Três homens apanhados a fumar pela polícia".Que modelo de sociedade estamos a construir e, sobretudo, o que significa para nós a liberdade? Somos actualmente a sociedade do "sanitariamente correcto", mesmo que não se olhe a medidas despropositadas para impor ao indivíduo o que ele pode ou não fazer. O critério da razoabilidade e da intervenção mínima do Estado nas liberdades individuais é preterido em função do padrão uniformizador dos hábitos e das consciências.Está patente aos olhos de todos que o tabagismo é um problema actual e efectivo. O ataque às causas, a prevenção e, sobretudo, a sua proibição são medidas indiscutivelmente eficazes na luta contra uma das maiores causas de mortalidade a nível mundial.Porém, o mesmo raciocínio não serve já interesses tão ou mais fundamentais como o valor da vida em si, o valor da vida dos outros. Enquanto o Governo proíbe o cigarro, permite e paga o aborto. Por absurdo, uma grávida com menos de 10 semanas pode ser punida por fumar, mas não o será se abortar o seu filho.O aborto é um flagelo a ser combatido. Há um ano poderíamos acrescentar que até aqui estamos todos de acordo. Mas não é verdade: um primeiro balanço da aplicação da lei do aborto mostra-nos já, ainda a quente, que a banalização do aborto é o resultado da permissividade com que passámos a tratar a questão. Portugal precisa de uma política de saúde consistente e coerente: identificar os males, combater as causas, fomentar as práticas que evitem o flagelo, seja através da prevenção, seja através do apoio às alternativas e, finalmente, proibir as práticas prejudiciais, respeitando os valores de liberdade em confronto.Do tabagismo poderá recuperar-se o fumador, do aborto nunca mais se recuperarão pelo menos duas vítimas: a mãe e o seu filho. Ainda continuamos a tempo de o evitar. Fumadora e ex-mandatária do Diz Que Não

terça-feira, janeiro 15, 2008

Quiz II

O que são os Salmos Imprecatórios?

PS1- Pe.Nuno sei que lê o blog, por isso também pode responder.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Um género de quiz I

Quem sabe o que são os Salmos Imprecatórios?

Só vale dizer sim ou não nos comentários... pois pode vir a pergunta II, III e se alguém quiser fazer mais o IV e V e por aí fora...