quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Leiam este artigo, é muito curioso. Retirei-o do Público Online, não meti só o link, porque é preciso pagar para estar inscrito e duvido que a maior parte de vcs estejam.
Leiam e comentem o que vos vier à cabeça. É uma curiosidade mas revela uma coisa que para nós é muito importante.
Um grande abraço e beijinhos para todos.


O whisky é kosher?, interrogam-se os rabis israelitas
Maria João Guimarães
Em causa o processo de envelhecimento em barris onde foram produzidos vinhos sem seguir os preceitos judaicos; já tinham causado polémica perucas da Índia e a água de Nova Iorque
O mundo dos judeus ultra-ortodoxos está envolvido numa discussão sobre se o facto de alguns whiskies envelhecerem em barris onde tinha sido feito vinho não kosher, ou seja, que não respeita as directivas judaicas em termos de culinária, poderia determinar o licor não-kosher, segundo o diário hebraico Yediot Ahronot.Não é a primeira vez que a questão de o whisky seguir ou não os preceitos judaicos é discutida em Israel. Antes, tinha-se decidido que o whisky poderia ser considerado kosher já que não era misturado com vinhos feitos por processos que não têm em conta as regras culinárias judaicas. Mas agora, um grupo de rabis argumenta que alguns whiskyies têm um "acabamento" especial em barris onde antes foi produzido vinho não-kosher. O que poderá "contaminar" o que lá é produzido depois. Há vários preceitos a seguir para se obter vinho kosher: o equipamento necessário tem de ser usado em exclusivo para produtos kosher; apenas judeus que respeitem o shabat (dia de descanso semanal) podem intervir em todas as fases do processo, desde o esmagar das uvas até ao engarrafamento; e também apenas podem ser usados no fabrico produtos com certificado kosher, para além de ser proibido usar elementos estranhos ao vinho (gelatina, arroz, produtos animais, corantes ou conservantes).Não é a primeira vez que são revistas as regras para produtos que antes não contrariavam os preceitos judaicos. Há dois anos, o choque foi para as mulheres ultra-ortodoxas, que descobriram que as suas perucas de cabelos naturais poderiam não ser kosher, já que as importadas da Índia eram feitas com cabelo cortado a mulheres em cerimónias hindus, em que eram adoradas imagens de divindades.As perucas são obrigatórias para as mulheres ultra-ortodoxas, que depois de casadas não podem mostrar o seu próprio cabelo e têm de o rapar. Se forem de fios humanos, as perucas podem chegar a custar mil dólares. Após esta deliberação, em várias comunidades ultra-ortodoxas em Nova Iorque e Jerusalém chegaram mesmo a ser feitas fogueiras para queimar perucas da Índia. As lojas receberam telefonemas frenéticos e, na dúvida, houve mesmo mulheres que começaram a sair sem peruca, cobrindo a cabeça com um lenço ou um chapéu, ou a optar por perucas obviamente falsas para não correrem o risco de serem suspeitas de usar algo que não fosse kosher.Um pouco mais tarde, foi a vez de os judeus de Nova Iorque se assustarem com a notícia de que havia microorganismos na água da cidade.Estes pequenos seres não eram nocivos para a saúde, revelaram logo as autoridades da cidade. Mas tinham uma característica: eram crustáceos. Ora, as regras dietéticas judaicas não permitem comer qualquer criatura com uma concha externa - caranguejos, camarões, por exemplo. Os líderes religiosos judaicos dedicaram-se então a discutir se o microorganismo poderia ser considerado independente da água - e então não seria kosher - ou parte integrante do líquido - e assim seria kosher. Enquanto era tomada a decisão, a comunidade ultra-ortodoxa foi responsável por uma autêntica corrida aos filtros de água em Nova Iorque.

7 comentários:

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

Como diria o Astérix, estes judeus são loucos!

Duarte 16 disse...

É como os exageros do Shabat, só poderem dar não sei quantos passos....
O que nos vale é que Alguém nos veio dizer que o Sábado não é senhor do homem mas o contrário!
Graças a Deus não sou Judeu!ehehhe

Bernardo disse...

adorava ver uma dessas fogueiras de perucas...
faço minhas as palavras do Duarte, graças a Deus não sou judeu! não poder participar numa mariscada? nem umas gambazitas? já pa não falar nos enchidos...quem me tira a linguiça assada com um bom pão alentejano tira-me tudo. esses preceitos religiosos são uma grandessisima treta...onde está o pecado nessas acções? é que nos "nossos" pecados (ou melhor, nas acções que segundo a fé cristã constituem pecado) conseguimos discernir o mal que deles advem, ao mundo e a nós próprios.. agora, ir pó inferno porque se bebeu um whisky velho? se se beberam 5 ou 6 e depois se pegou no carro, assim talvez...

João Silveira disse...

Se eu ñ sou judeu graças a Deus, os judeus são judeus graças a quem?

"Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens que aso ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»." (Lc 18, 9-14)

Anónimo disse...

Touché Silveira...
Obviamente, eu não coloquei esta notícia on-line para procedermos a uma humilhação colectiva dos Judeus. O que eu procurava era a resposta que o Duarte deu...
Não se esqueçam que estes preceitos todos são biblicos, ou seja não são própriamente uma "treta"...
Não se esqueçam que estamos a falar do Povo esolhido por Deus, os nossos irmãos mais velhos na Fé.
É certo que não conhecem Cristo, e por isso, no nosso entender, falta-lhes a chave para compreender os preceitos de Deus e perceber que o importante não são, de facto os crustáceos na água de Nova York ou o sangue de ave que como na minha cabidela, mas daí não segue que as coisas que eles fazem ou praticam sejam ridículas.
Jesus não terá, certamente, comido carne de porco, era ridículo?

O que nos convém lembrar de vez em quando, é que, se nós tivéssemos nascido há mais de 2000 anos, antes da vinda do Messias, e andássemos a comer lagosta e febras... o nosso destino até poderia ser complicado. Quem sabe...
Demos graças a Deus por conhecer Cristo e nunca por não sermos Judeus... até porque há Judeus que conhecem Cristo e têm o melhor dos dois mundos!
http://www.hebrewcatholic.org/
Abraços

Pipos disse...

"Demos graças a Deus por conhecer Cristo" isto sim, resume tudo! e é o + importante!

João Silveira disse...

O problema é como sempre a questão "farisaica". Ter mil regras, q são boas se nos aproximam de Deus, mas a partir do momento em q a regra se torna um deus, está a subverter a atitude inicial de obediência ao Senhor. E isto acontece imensas vezes connosco também. Para todos, Jesus disse:

"Ouçam-me todos e entendam isto:
não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo ímpuro'. Pelo contrário, o que sai do homem é que o torna ímpuro'.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!"
Depois de deixar a multidão e entrar em casa, os discípulos lhe pediram explicação da parábola.
"Será que vocês também não conseguem entender?", perguntou-lhes Jesus. "Não percebem que nada que entre no homem pode torná-lo ímpuro'?
Porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, sendo depois eliminado". (Ao dizer isto, Jesus declarou "puros" todos os alimentos.)
E continuou: "O que sai do homem é que o torna ímpuro'.
Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios,
as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez.
Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ímpuro'". (Mc 7, 14-23)