terça-feira, março 31, 2009

Apetece tanto!

Vejam este vídeo

22 de Março de 2009 (na descrição do vídeo diz Maio, o que é obviamente um erro), militantes comunistas e de grupos homossexuais reuniram-se diante da porta da Catedral de Notre Dame, onde distribuiram preservativos e panfletos e gritaram palavras de ordem contra o Papa.

Alguns jovens católicos reagiram.



Esclarecimentos e comentários

1. Tenho dúvidas sobre a "catolicidade" de alguns dos presentes. Não pela reacção, a isso chegaremos, mas pelo aspecto. Parecem-me mais militantes de extrema-direita do que católicos e acredito que, pelo menos alguns, estariam lá mais movidos por ódio anti-homossexual e anticomunista do que por amor ao Papa. Há pelo menos um que é nitidamene skinhead e quem sabe alguma coisa sobre os skins (e eu sei), sabe que não há nada de católico nessa ideologia.

2. Não coloco aqui este vídeo nem como defesa, nem como condenação do que se passou. Coloco principalmente porque isto me parece um acontecimento digno de nota, que não vi ser mencionado em mais lado nenhum da comunicação social.

3. Uma explicação do meu título. De facto, apetece tanto, tanto, tanto, que às vezes só me apetece chorar. Se lá estivesse apetecer-me-ia também, como me apeteceu reagir violentamente quando vi, na última marcha contra o aborto, que os skinheads e neo-nazis do PNR estavam a tentar colar-se à nossa caminhada... como me apetece desatar à chapada tantas vezes quando vejo pessoas a insultar a minha fé e a minha religião. Mas até hoje sempre consegui resistir a essa tentação. Porque acredito que é uma tentação, e acredito que é pecado.

4. Tanto quanto percebo pelo vídeo, o primeiro gesto de violência parte de um dos jovens católicos, contra um tipo que andaria a distribuir panfletos. Penso que isso é importante para enquadrar o resto do vídeo.

5. Não pode ser esta a resposta. Não foi a resposta de Cristo quando o prenderam, insultaram, torturaram, não pode ser a nossa. Deus é amor. A nossa religião é uma religião de amor, e se o amor não implica que nos deixemos espezinhar e humilhar sem resposta, também não passa certamente por pontapés em voo contra quem nos ofende, digo eu.

6. Mas apetece tanto! Tanto...

sexta-feira, março 06, 2009

Piada papal

Porque é que Gregório XI não foi de carro para Roma?



Porque foi de Avinhão.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Casamento, sofrimento e vontade de Deus

Cá vai então a minha resposta muito atrasada ao Silveira sobre a questão do papel de Deus nas nossas vidas.

Para quem não leu o que vai para trás (essencial para compreender aquilo que vou escrever), sugiro que vejam os comentários ao seguinte post no blog dos senzas.

João, recordas-te com certeza que tudo isto começou por eu dizer que não acredito que exista uma pessoa (cara metade, alma gémea, etc.) destinada a cada um de nós, ou pelo menos a cada um daqueles que se sente chamado à vocação do matrimónio.

Ao dizê-lo, estava a dizer que a Ana não me estava “destinada”, no sentido em que outras pessoas tinham argumentado anteriormente. Casei-me com a Ana, mas imagino que, caso a minha vida tivesse sido diferente (bastava eu não ter aceite o convite para ser RI das EJNS), talvez me tivesse casado com outra pessoa e fosse igualmente feliz, e a Ana idem aspas.

Por conseguinte, argumentei que não faz muito sentido dizer que o meu casamento fazia parte de um grande plano de Deus para a minha vida, pelo menos no sentido em que Deus mexe os cordelinhos para que eu me encontre com a Ana e me case com ela.

Porque no fundo é disso que estamos a falar, dizer que a Ana estava destinada por Deus, desde o princípio do mundo, para se casar comigo, implica que Deus teve uma parte activa em todas as condicionantes que levaram isso a acontecer. Ou seja, Deus fez com que eu fosse concebido num certo dia, e a Ana noutro, fez com que os meus pais regressassem para Portugal do Canadá, fez com que decidissem voltar para Lisboa do Porto, fez com que eu conhecesse as EJNS e me integrasse. Mais, fez com que eu fosse convidado para o Secretariado Internacional, e daí fez com que eu fosse convidado para ser Responsável. E atenção que estas são só as coisas simples, porque para eu nascer, foi preciso que a minha mãe tivesse um desmancho antes de ficar grávida de mim, isso também teve dedo de Deus?

Claro que Deus não fez abortar um filho da minha mãe só para que eu nascesse. Diria que isso é completamente evidente. Mas então como é? Deus adaptou-se à situação quando ela aconteceu? Então e se eu tivesse morrido num acidente antes de encontrar a Ana, ela ficava solteira para o resto da vida? Ou casava-se com outro? Mas então não seríamos obrigados a dizer que, por a Ana ter casado com outro, foi necessário eu ter morrido, logo Deus quis que eu morresse?

Então dir-me-ão que Deus não lida com as coisas desta maneira. O Senhor, no essencial, coloca as peças em movimento e acompanha o seu desenvolvimento. Mas então, dizer que Deus planeou que eu me encontrasse com a Ana faz tanto sentido como dizer que eu planeei que o Sol nascesse hoje de manhã, e que a prova disso é que nasceu mesmo.

Tentei explicar que a minha opinião é outra. Certamente a vontade de Deus tem aqui um papel. Resumidamente Deus quer-me santo, e quer a Ana santa, e na medida em que eu e a Ana procurámos conformar a nossa vontade à Dele, fomos progredindo em direcção à santidade (um caminho longo e difícil), e que quando nos conhecemos e nos apaixonámos, percebemos que a nossa união era uma forma de levar a bom porto esse plano que Deus tem para nós, esse sim, o da santidade.

Ou seja, nem as coisas aconteceram “por acaso”, nem porque Deus andou a mexer cordelinhos ao longo dos tempos, para que eu me casasse com aquela pessoa em particular. Nesse sentido sim, é difícil para mim, como dizes: “entender que Deus leva em conta todas as variáveis para juntar duas pessoas”.
Em contrapartida, já não me custa nada acreditar que Deus, por estar fora do tempo, sempre soube que eu e a Ana íamos casar, que a minha mãe ia ter um desmancho, que o meu avô iria sobreviver à guerra, ao contrário de dois dos seus irmãos, e que, e que e que…
Mas soube essas coisas sem ter que interferir na história para que elas acontecessem.

Quer isto dizer que Deus não intervém, ou está impedido de intervir na história? Não! Mas a essas intervenções, quer demos por elas ou não, chamamos milagres. Abundam, graças a Deus (quem mais?), e mostram o quanto Deus nos ama. Até acredito que em alguns casos particulares Deus interfira directamente na nossa história para que duas pessoas se conheçam, como sei que intervém por vezes para salvar vidas e curar doentes terminais, mas daí a dizer que para todos nós Deus tem um par perfeito reservado, é um grande salto.

Portanto, por tudo o que escrevi acima, não concordo contigo quando dizes que a minha argumentação implica que “apenas poderás agradecer [a Deus] a tua existência, porque tudo o que aconteceu daí para diante deveu-se às tuas decisões”. Compreendo que os meus argumentos possam ser levados nesse sentido, mas isso ignora a importância do meu esforço de conformar a minha vontade à vontade de Deus, e ignora o papel do Paráclito, o Espírito Santo que, sem me impor decisões, me aconselha em momentos de dificuldade. Por tudo isso posso agradecer a Deus e sei que a minha vida teria sido outra, bem pior, não fossem esses factores.

Repara que eu concordo contigo quando dizes que “vejo mais a vontade de Deus em todos os metros desse meu caminho, em todas as decisões que tomo, por mais ínfimas que sejam”, mas vejo-o dessa forma, através da suave sugestão, da iluminação da minha vontade, porque Deus me ama demais para retirar a livre vontade que me deu, ama-me demais para condicionar as minhas decisões, ama-me demais para me obrigar a ser feliz, sabe que essa felicidade só fará sentido se for eu a conquistá-la, que só assim será simultaneamente felicidade e santidade.



Queria também abordar aquilo que escreves sobre o mal, porque me parece que a tua visão não é correcta. Tu escreves:

“A vontade de Deus pode ser causar o mal? Absolutamente, claro que não. Mas aí teremos que definir o que é mal e o que é bem. Um cancro é mal? Sofrer é mal? Ou apenas o pecado é mal?”

Sim, o pecado é o verdadeiro mal, por assim dizer. Afinal é o pecado que nos afasta de Deus, e nada há pior que isso. Mas daí a dizer que apenas o pecado é mal? Parece-me descabido.
O pecado é mal, mas o cancro também… aliás, não é por acaso que o Génesis nos diz que a doença e a morte entraram no mundo por causa do pecado, há algo a aprender aí.
A doença pode-me aproximar de Deus, ajudar-me a reavaliar a minha vida, a ser uma pessoa melhor? Pode. Mas isso não faz com que a doença seja uma coisa boa, significa, isso sim, que eu retirei de uma situação má um fim bom. É essa a história de Cristo, que pegou em todo o mal do mundo, todos os nossos pecados, e transformou-o em salvação.
Escreveste: “Recordando as palavras de Nossa Senhora aos pastorinhos, em Maio: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de suplica pela conversão dos Pecadores?”

Nossa Senhora, como “porta-voz” de Deus propõe o sofrimento àquelas crianças. Pode Deus propor o mal? Não me parece. Então aquilo tem que ser bem.”


Sugiro que não leias os diálogos de Nossa Senhora com os pastorinhos de forma literal. Lembra-te que Ela estava a falar com crianças, e não pondo em causa o espírito de nada do que lhes disse, convém ter em conta a sua linguagem seria aplicada a essa situação.

Também não é por eles terem visto uma imagem do inferno que devemos acreditar que o inferno é mesmo como eles o descreveram, com chamas e tudo.

Não ponho em causa a possibilidade de transformar o sofrimento em acto de reparação pelos pecados, mas não acredito que as doenças que vitimaram os pastorinhos foram “enviados” por Deus. Acredito, isso sim, que Ele sabia que o Francisco e a Jacinta iam ficar doentes, que sofreriam muito, e que lhes propôs que transformassem esse sofrimento em graça.

Não me parece que este meu raciocínio ponha em causa o que escreves a seguir: “É o mistério da redenção, quem ama está disposto a sofrer. E esse sofrimento tem em vista acabar com o verdadeiro mal, as ofensas a Deus, e o pecado. Esse é o mal, é esse que Deus permite, mas que nunca propõe”, simplesmente onde tu estarás a supor que o sofrimento parte de uma vontade activa de Deus para aquela pessoa, eu não concordo.

Da mesma forma, estou completamente de acordo com o que citas da irmã Bridget McKenna, mas tenho sérias dúvidas que ela mesmo concordaria com a tua conclusão, que é Deus quem “queira que uma pessoa tenha cancro, para curar o mal espiritual de outras, ou dela própria”.

Finalmente, no fim do teu texto lamentas que “Achamos que o facto de haver uma vontade de Deus em relação a tudo o que temos que decidir, diminui de algum modo a nossa liberdade”

Eu não acho nada disso. Saber que há uma vontade de Deus em relação a tudo o que eu tenho que decidir mostra-me que Deus me ama como um pai e me acompanha intimamente, em tudo na minha vida. Ele sabe quantos cabelos tenho na cabeça (e nem o culpo por serem poucos!).

O que eu acho é que o facto de Deus condicionar as coisas que eu tenho que decidir na minha vida diminui, e muito, a minha liberdade. Por isso tenho a certeza que não o faz.

E pronto. Peço desculpa pela extensão da resposta e pela sua demora...

E aproveito para convidar outras pessoas a opinar sobre este assunto, seria uma pena a discussão ficar resumida a mim e ao Silveira quando há com certeza outras opiniões válidas para partilhar.

Beijinhos, abraços e santa quaresma!

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Porquê?

Em geral, Porque costumamos dar mais importância à Quaresma do que ao Advento?

Hoje estava a pensar nisso, porque estava já a pensar no que vou fazer na Quaresma, etc... e lembrei-me porque no Advento nunca pensamos em nada e falamos muito menos sobre isso..

A Quaresma está sempre presente, contamos o que fazemos e que não fazemos, onde almoçamos às 6ªs, a semana antes... vivemos tudo de uma forma mais intensa.
No Advento estamos preocupados com o que vamos dar no Natal, tudo com pressas, preparamo-nos menos...

Pelo menos sinto imenso isso, e não consigo arranjar uma razão óbvia para esta diferença.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Olé!

terça-feira, janeiro 20, 2009

Concílio Vaticano II

Amigos e irmãos em Cristo:


No próximo Domingo faz 50 anos que o bom Papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II.

Foi uma decisão que apanhou toda a gente de surpresa e que acabou por ter uma enorme importância na vida da Igreja.







A nossa geração não conhece suficientemente bem o Concílio, o que é natural mas é pena.


Durante esta semana a Página 1, jornal on-line para o qual trabalho, está a publicar uma série de artigos e entrevistas com peritos em diferentes assuntos que marcaram o concílio, e com pessoas que o viveram mais de perto.


Ontem D. Manuel Clemente e D. Jorge Ortiga recordaram a importância que o Concílio teve nas suas juventudes. Hoje o liturgista Cónego João Peixoto fala sobre a reforma litúrgica. Amanhã o Pe. Peter Stilwell aborda as relações ecuménicas e inter-religiosas e teremos ainda conversas com o Pe. João Seabra e com o Pe. Tolentino até ao fim da semana.


Sugiro que leiam e que aproveitem estes testemunhos para vos familiarizarem com o Concílio.


Podem fazer o download do Página 1 aqui. Sai todos os dias por volta das 15h.


Entretanto, e por falar em ecumenismo, deixo-vos também o link para um vídeo feito por malta da Renascença. Não colaborei com ele, mas tenho pena. Está muito bem feito e é interessantíssimo.



Abraços e beijinhos!

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Não sei se já conhecem...

Vejam este site...

http://www.catholicscomehome.org/

E se tiverem 3 minutos (literalmente!), vejam o vídeo que está em baixo da imagem grande de entrada que se chama Epic!

Os outros dois também são bons... mas o Epic é excelente! Enjoy..!

Ah, e BOM ANO aos que ainda não vi! :)

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Um Santo Natal para todos!

A todos os peregrinos nesta vida, a todos aqueles que quere que Cristo nasça continuamente no seu coração e na sua vida.





Dos Peregrinos de Santiago, do Pinguim, da Foca, do Lobo, do Urso Polar, do Alce e do Leão Marinho!

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Com bolinha (já sem bolinha)

E para o pai da Isabel não vai nada, nada, nada?

"Na próxima quinta-feira, dia 11 de Dezembro pelas 14h00, será lida no Tribunal da Póvoa de Varzim a sentença da Isabel, uma jovem mãe solteira que, após ter decidido levar a sua gravidez até ao fim e denunciado a violência da pressão familiar e social no sentido de abortar, se viu processada... pelo próprio pai!

Para nós, militantes pró-Vida, é especialmente doloroso verificar como a pressão para abortar pode partir de uma família "muito cristã" e até de um ministro da comunhão...

Por isso, não será sem algum sentido de penitência pelo desnorte do "povo de Deus" que lá procuraremos estar na quinta-feira num gesto de solidariedade humana com a Isabel que no momento decisivo optou pela Vida.

Convidamos os que puderem a ir também e, os que não puderem, a uma oração para que todas as mães tenham, como a Isabel, coragem para resistir à chantagem fatal, venha ela donde vier."

TUDO!*





*Pronto... eu mudei a imagem original. A que está agora é mais adequada e muito, muito mais necessária.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Mais D. Januário

Tendo em conta que temos discutido este assunto aqui, deixo à vossa apreciação mais uma "correcção fraterna", pública, ao D. Januário sobre o mesmo assunto.

http://www.cristoeacidade.com/page42/page46/page46.html

Abraços,
Filipe

quinta-feira, dezembro 04, 2008

O que é que...

... isto ...



... tem a ver com o Natal?

Perguntem aos espanhóis.

Sinceramente.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Dar na outra face

Belas imagens de amor e fraternidade cristã, em directo do lugar mais santo do cristianismo, a Igreja do Santo Sepulcro.



Os srs. em questão são ortodoxos arménios e gregos (os das barbas são gregos). Mas na longa e triste história desta Igreja, também os católicos já molharam a sopa, não se preocupem.

Aqui, nesta Igreja, crucifica-se Cristo todos os dias pela desunião dos cristãos.

terça-feira, novembro 04, 2008

Ainda sobre o "Desabafo"

Eu previa que este post pudesse cair mal quando o escrevi, foi por isso que coloquei o título "Desabafo". Esperava exprimir precisamente o meu estado de alma. Isto não é uma desculpa para qualquer falha da minha parte, apenas contextualização.

Em relação às críticas de ZMD (bem-vindo ao blogue, entretanto), aceito algumas delas. Tem toda a razão no que diz respeito ao tratamento que se dá a um bispo, quer se concorde com ou não com as suas posições.

Alterei, por isso, o último parágrafo do post. Não o fiz contrariado ou por cinismo, mas porque reconheci aí uma falta de respeito da minha parte que nada tem a ver com o resto do conteúdo.

Respondendo a algumas das suas outras objecções, caro amigo, confesso que não concordo quando diz: "Acima de tudo está a unidade da Igreja".

Acredite que a unidade da igreja não o preocupa mais a si do que a mim, mas acima dessa unidade tem de estar, sempre, a verdade. Não presumo a arrogância de a definir por mim, contra um bispo. Sei que tenho do meu lado (aliás, coloco-me eu ao lado de) a doutrina da Igreja no que diz respeito a estas questões; os ensinamentos de papas e de outros bispos, incluindo o meu, que é o Patriarca de Lisboa e não o Sr. D. Januário.

A unidade da Igreja nunca deve ser conseguida à custa da verdade. É por isso que o Arcebispo Marcel Lefebvre e alguns dos seus seguidores foram colocados de fora da nossa comunhão, e é esse o princípio central que norteia o diálogo ecuménico.

Todavia, dado o carácter público do evento de que eu falo, o lançamento de um livro, em local público e editado por uma editora que pertence ao maior grupo editorial do país, custa-me muito aceitar que tenha sido o meu post a contribuir para a desunião da Igreja, e não o evento ao qual reagi.

Qual é o bem? Mais uma vez, discordo da sua conclusão. Parece-me que, não obstante as suas outras críticas, há bem. Como disse, o acto do Sr. Bispo é público (como têm sido vários outros aos quais nem sequer me estou a referir), por isso não me parece grave que a censura que lhe faço seja pública também.

Onde lhe dou razão é na questão de limitar o meu “desabafo” a este blogue, pouco lido. Porque não quero fazer de “queixinhas”, reclamando aos superiores do Senhor Bispo em questão, pesquisei e encontrei o e-mail do D. Januário: januario@csarfa.mdn.gov.pt (atenção que este e-mail está num site público, pelo que não será indiscrição divulgá-lo). Vou escrever um e-mail a alertar o Sr. D. Januário para o meu post e para o meu desabafo, na esperança de que ele o leia e possa assim reconsiderar algumas das suas posições ou, caso verifique que sou eu quem está no erro, que me corrija.

Mas não tiro o post, nem penso que o deva fazer. Se não o tivesse escrito esta discussão não teria surgido. As pessoas que costumam cá vir não ficariam a saber deste acto público que, na minha opinião, constitui um escândalo e não se poderiam precaver contra ele.

Quando eu vejo que um Bispo promove um documento que diz respeito a um texto tão importante como o Humanae Vitae (e não o evangelium vitae, como erradamente escrevi no post original), parto do princípio que os conteúdos desse livro são sãos e de confiança. Muitos católicos poderão comprar e ler o livro, aceitando os erros que ele contém, precisamente por causa desse facto.

Este blog pode ser pouco lido, mas é lido por alguns. Se o meu post contribuiu para pelo menos uma dessas pessoas não ser levada no engano desse livro e do apoio a ele dado pelo Sr. D. Januário, será aí mesmo que encontrará o bem que lhe ilude.

ZMD, gostaria de agradecer os seus comentários. Calculo que continuará a discordar de mim, mas sem eles a questão não teria sido mais aprofundada e todos ficaríamos a perder.

Procurei escrever esta resposta/clarificação num espírito de humildade e não conflituoso, algo que por natureza não me é muito fácil, e espero ter conseguido. Peço desculpa se não o parecer.

A si os meus cumprimentos, aos restantes Peregrinos de Santiago, um grande abraço.

sexta-feira, outubro 31, 2008

Desabafo

Eu consigo imaginar um Bispo a participar no lançamento de um livro, escrito por um homem que, pessoalmente é a favor do aborto.

Imaginemos que um Bispo é convidado para fazer a apresentação de uma obra sobre a história da Igreja, escrita por um homem que, na sua vida privada, defende coisas que são contrárias à doutrina da Igreja. Eu consigo imaginar isso. Não me choca.

O que me custa mais é imaginar um bispo a promover e a ajudar a divulgar um livro que critica as posições da Igreja sobre bio-ética, escrito por alguém que aproveita os 40 anos da publicação do Humanae Vitae para colocar os ensinamentos da igreja nesse campo em causa e que, durante o mais recente referendo sobre o aborto tomou posição pública, clara e militante a favor do aborto.

Não imagino e nunca imaginei. Gostaria que fosse apenas a minha imaginação, mas é real.

Lembram-se daquele episódio nos actos dos apóstolos em que S. Pedro participa no lançamento do pergaminho de Caiafás chamado: “A razão pela qual os cristãos devem ser todos mortos”? Eu também não.

Ouviram as histórias dos primeiros cristãos em Roma que, mesmo antes de serem lançados às feras, aplaudiam o direito ao imperador expressar a sua opinião de que os cristãos deviam ser todos mortos? Eu também não.

Lembram-se daquele célebre episódio em que o Papa Pio XII discursou no lançamento do "Mein Kampf", de Hitler? Pois, eu também não.

E aquela do Bispo católico que apoiou e ajudou a promover o livro a criticar as orientações católicas sobre ética médica e a defender, entre outras coisas, que crianças não nascidas sejam mortas no ventre das suas mães? Ah… essa lembro-me. Foi em Portugal.

Sr. D. Januário Torgal Ferreira, deixe-me dizer-lhe uma coisa. Não foi com atitudes como esta que S. Pedro converteu 5000 homens numa só manhã. Não foi certamente assim que os primeiros apóstolos viveram o Evangelho e DERAM A VIDA POR ELE.

O Sr. D. Januário é representante directo desses apóstolos. Pede-se-lhe coragem, clareza de espírito e humildade para guiar os fiéis, corrigir os seus erros (e não promovê-los) e defender a verdade. Repito, vossa eminência é descendente dos primeiros seguidores de Cristo. Agora, lembro-lhe que havia 12. 11 foram fiéis, outro nem tanto. Resta saber de quais é herdeiro.

(Editado, sem sarcasmos nem cinismo, por sugestão de ZMD nos comentários. Mudei também "evangelium vitae" para "humane vitae", um erro evidente.)

segunda-feira, outubro 27, 2008

Quatro Anos!

"Se alguém quiser seguir-Me..."


Um caminho com altos e baixos! Muita chuva e granizo!!


EJNS sempre!!


A língua galega é muito bonita!

quinta-feira, outubro 23, 2008

PAPA!!

Estava eu a pesquisar uma coisa no Google sobre a história dos Papas, quando de repente vejo uma referência ao nosso blog!! Fui ler e fartei-me de rir... Aconselho que lá vão ver esse post do João Magriço, de 12 de Outubro de 2005...
Era sobre a origem do nome PAPA, que ele tinha visto num livro do 4ºano...

PAPA - Pedro Apóstolo, Príncipe dos Apóstolos

Ehehe