sexta-feira, julho 20, 2007

Querida Joana

Devem existir algumas palavras, alguma coisa que se diz nestas ocasiões e que ajuda mesmo a aliviar o sofrimento. Só sei que se existem, eu não as conheço. Por isso mais vale não dizer nada se não o seguinte:
Estamos contigo, rezamos por ti e pela tua família.
Lembras-te do grão de mostarda que brotou na tua alma quando fomos a Santiago? É agora, mais que nunca, que precisas da sua força. Agora quando poderá parecer tudo sem sentido, é agora que tens que ter a força para não o deixar definhar. Nós rezamos por isso também.
Não há explicações. Deus não quis que isto fosse assim. Ninguém pode justificar o injustificável. Lembra-te só que Ele sabe o que tu sofres e sofre contigo, porque já passou por isso. Na carne. E tudo o resto são conversas e hipóteses. Eu sei que parece que nem Ele te pode consolar agora, se calhar não pode mesmo... mas ao menos deixa-O entrar para poder chorar contigo e carregar um pouco do peso da tua cruz.
Desculpa a infinita insuficiencia destas palavras.
Filipe, e Ana, e todos.

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