sexta-feira, maio 06, 2005

um texto

Amigos:
Mandaram-me este texto por e.mail e achei que ficava aqui bem!
EDITORIAL do EXPRESSO de 25 de Abril


TODA a gente se pronunciou sobre a eleição do novo Papa. De Francisco Louçã a Mário Soares, de José Saramago a José Sócrates, não houve quem não desse opinião sobre a escolha de Joseph Ratzinger para chefe da Igreja Católica.
Personalidades do PS, do BE, do PCP, do PSD e do CDS disseram o que entenderam sobre os "desafios" de Bento XVI e das reformas que deve ou não introduzir na Igreja.
Como era de esperar, o aborto, a eutanásia, o sacerdócio das mulheres, a adopção por casais homossexuais vieram de novo à baila.
O que ninguém quer perceber é que a Igreja não escolheu um chefe para cumprir o programa do Bloco de Esquerda ou para agradar aos comunistas ou aos socialistas.
A função da Igreja não é satisfazer os anseios de Soares ou Louçã, Socrates ou Saramago.
A força da Igraja consiste precisamente em não seguir as modas, os partidos, as ideias-feitas em determinadas conjunturas.
A força da igreja consiste em ter outra noção do tempo, em dar certeza ás pessoas num mundo marcado pelo relativismo e pelo efémero.
Se a igreja começasse a mudar de opinião ao sabor das estações, a relativizar a vida, a ceder nos valores e nos principios deixaria de ser o que é - tornar-se-ia noutra coisa.
Ao eleger o Cardeal Ratzinger, os cardeais em roma não fizeram a escolha que os comunistas, os bloquistas ou os socialistas fariam: Fizeram a escolha que do seu ponto de vista mais convinha à Igreja Católica.
A Igreja é que sabe o que neste lhe interessa. Quando os Bispos começarem a fazer o que os não-católicos (ou mesmo os anti-católicos) e os jornalistas aconselham é que haverá razões para preocupação.
Mal vai uma instituição quendo é elogiada pelos seus adversários ou faz o que dizem os "média".


Já agora é bom termos noticias dos nossos companheiros que foram a Roma!
Beijinhos Laura

1 comentário:

Senzhugo disse...

O problema de Miguéis Sousas Tavares e afins é que aplicam os conceitos políticos (na acepção negativa) à análise e interpretação da realidade Cristã.

Assim, é óbvio que acabam por chegar a conclusões erradas.

Este artigo do Expresso explica isso muito bem: a César o que é de César, a Deus o que é de Deus.