quarta-feira, junho 28, 2006

A propósito da Igreja e do Protocolo de Estado

CDS-PP desafia PS a acabar com feriados religiosos

O CDS-PP desafiou no passado dia 23 a maioria parlamentar do PS a levar a laicidade do Estado até às últimas consequências e acabar com o Bispo das Forças Armadas, com a bênção em inaugurações e com os feriados religiosos.

No debate em plenário de projectos sobre o protocolo do Estado, o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Melo, reclamou um lugar de destaque para a Igreja Católica «pelo que representa e pelo que faz em tantas áreas» em Portugal e insurgiu-se contra o «laicismo» do PS.

«Se quiserem ser coerentes com essa visão assim restrita do laicismo não poderão ficar por aqui. Terão também de acabar com as figuras do Vigário Castrense, Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, equiparado a general de duas estrelas», declarou. «Não há outra alternativa. Para não falar dos feriados religiosos, todos eles relativos ao cristianismo, que o Estado supostamente laico manda respeitar e cumprir», prosseguiu Nuno Melo, questionando também se o PS acabará com as bênçãos em inaugurações.

Insurgindo-se também contra a exclusão, pelo PS, dos descendentes da antiga família real das cerimónias oficiais, o líder parlamentar do CDS-PP afirmou que «a história portuguesa não começou em 1910» e desafiou a maioria socialista a dar nomes republicanos como «Ordem de 5 de Outubro» às ordens de Cristo ou de Santiago.

O propósito não é fazer publicidade ao CDS-PP mas à questão em si. Comentários?

4 comentários:

inésia disse...

Francisco, q saudades!
acho lindamente que finalmente alguém tenha confrontado publicamente este grupo que parece n perceber q o homem é, intrinsecamente, um ser religioso, e q a nossa sociedade (leia-se a portuguesa) jamais será laica, embora o Estado se faça parecer, especialmente qdo convém e qdo cheira a dias de folga!
viva o cds-pp (eu posso dizer isto pq n sou filiada em nenhum partido ;) )

Pipos disse...

Viva a Isabel que também está de volta!

Anónimo disse...

Viva as pessoas...
Voltando ao tema em questão: Eu acho que impedir os Bispos e o Sr. Patriarca de ir aos eventos do estado é, sem dúvida, uma das grandes prioridades neste momento. De certeza que não há mesmo mais nada de importante a fazer ou a discutir.
Os problemas do país têm duas ou três causas fundamentais: a primeira, evidentemente é a presença de Bispos no protocolo do Estado; a segunda é a presença de crucifixos nas salas de aula e nos hospitais; e a terceira é a presença de camarão pistola nas nossas costas, porque corta as redes de pescas.

Assim se vê o ódio à Igreja. Mas depois quando há campanhas políticas nas câmaras e nas juntas, acotovelam-se todos para ter o Sr. Prior ou o Sr. Bispo na foto.

Nojo. Nojo a esta gente toda!

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

Tens toda a razão Filipe. Mas infelizmente a Igreja também se presta, às vezes, a papéis tristes. Por exemplo, no arranque da campanha das Presidenciais, o Soares resolveu ir visitar o Sr. Bispo do Porto e este, infelizmente, recebeu-o. Não faz qualquer sentido! A visita do Soares é duma hipocrisia atroz e o Sr. Bispo devia ter-se escusado a recebê-lo.