Belas imagens de amor e fraternidade cristã, em directo do lugar mais santo do cristianismo, a Igreja do Santo Sepulcro.
Os srs. em questão são ortodoxos arménios e gregos (os das barbas são gregos). Mas na longa e triste história desta Igreja, também os católicos já molharam a sopa, não se preocupem.
Aqui, nesta Igreja, crucifica-se Cristo todos os dias pela desunião dos cristãos.
segunda-feira, novembro 10, 2008
terça-feira, novembro 04, 2008
Ainda sobre o "Desabafo"
Eu previa que este post pudesse cair mal quando o escrevi, foi por isso que coloquei o título "Desabafo". Esperava exprimir precisamente o meu estado de alma. Isto não é uma desculpa para qualquer falha da minha parte, apenas contextualização.
Em relação às críticas de ZMD (bem-vindo ao blogue, entretanto), aceito algumas delas. Tem toda a razão no que diz respeito ao tratamento que se dá a um bispo, quer se concorde com ou não com as suas posições.
Alterei, por isso, o último parágrafo do post. Não o fiz contrariado ou por cinismo, mas porque reconheci aí uma falta de respeito da minha parte que nada tem a ver com o resto do conteúdo.
Respondendo a algumas das suas outras objecções, caro amigo, confesso que não concordo quando diz: "Acima de tudo está a unidade da Igreja".
Acredite que a unidade da igreja não o preocupa mais a si do que a mim, mas acima dessa unidade tem de estar, sempre, a verdade. Não presumo a arrogância de a definir por mim, contra um bispo. Sei que tenho do meu lado (aliás, coloco-me eu ao lado de) a doutrina da Igreja no que diz respeito a estas questões; os ensinamentos de papas e de outros bispos, incluindo o meu, que é o Patriarca de Lisboa e não o Sr. D. Januário.
A unidade da Igreja nunca deve ser conseguida à custa da verdade. É por isso que o Arcebispo Marcel Lefebvre e alguns dos seus seguidores foram colocados de fora da nossa comunhão, e é esse o princípio central que norteia o diálogo ecuménico.
Todavia, dado o carácter público do evento de que eu falo, o lançamento de um livro, em local público e editado por uma editora que pertence ao maior grupo editorial do país, custa-me muito aceitar que tenha sido o meu post a contribuir para a desunião da Igreja, e não o evento ao qual reagi.
Qual é o bem? Mais uma vez, discordo da sua conclusão. Parece-me que, não obstante as suas outras críticas, há bem. Como disse, o acto do Sr. Bispo é público (como têm sido vários outros aos quais nem sequer me estou a referir), por isso não me parece grave que a censura que lhe faço seja pública também.
Onde lhe dou razão é na questão de limitar o meu “desabafo” a este blogue, pouco lido. Porque não quero fazer de “queixinhas”, reclamando aos superiores do Senhor Bispo em questão, pesquisei e encontrei o e-mail do D. Januário: januario@csarfa.mdn.gov.pt (atenção que este e-mail está num site público, pelo que não será indiscrição divulgá-lo). Vou escrever um e-mail a alertar o Sr. D. Januário para o meu post e para o meu desabafo, na esperança de que ele o leia e possa assim reconsiderar algumas das suas posições ou, caso verifique que sou eu quem está no erro, que me corrija.
Mas não tiro o post, nem penso que o deva fazer. Se não o tivesse escrito esta discussão não teria surgido. As pessoas que costumam cá vir não ficariam a saber deste acto público que, na minha opinião, constitui um escândalo e não se poderiam precaver contra ele.
Quando eu vejo que um Bispo promove um documento que diz respeito a um texto tão importante como o Humanae Vitae (e não o evangelium vitae, como erradamente escrevi no post original), parto do princípio que os conteúdos desse livro são sãos e de confiança. Muitos católicos poderão comprar e ler o livro, aceitando os erros que ele contém, precisamente por causa desse facto.
Este blog pode ser pouco lido, mas é lido por alguns. Se o meu post contribuiu para pelo menos uma dessas pessoas não ser levada no engano desse livro e do apoio a ele dado pelo Sr. D. Januário, será aí mesmo que encontrará o bem que lhe ilude.
ZMD, gostaria de agradecer os seus comentários. Calculo que continuará a discordar de mim, mas sem eles a questão não teria sido mais aprofundada e todos ficaríamos a perder.
Procurei escrever esta resposta/clarificação num espírito de humildade e não conflituoso, algo que por natureza não me é muito fácil, e espero ter conseguido. Peço desculpa se não o parecer.
A si os meus cumprimentos, aos restantes Peregrinos de Santiago, um grande abraço.
Em relação às críticas de ZMD (bem-vindo ao blogue, entretanto), aceito algumas delas. Tem toda a razão no que diz respeito ao tratamento que se dá a um bispo, quer se concorde com ou não com as suas posições.
Alterei, por isso, o último parágrafo do post. Não o fiz contrariado ou por cinismo, mas porque reconheci aí uma falta de respeito da minha parte que nada tem a ver com o resto do conteúdo.
Respondendo a algumas das suas outras objecções, caro amigo, confesso que não concordo quando diz: "Acima de tudo está a unidade da Igreja".
Acredite que a unidade da igreja não o preocupa mais a si do que a mim, mas acima dessa unidade tem de estar, sempre, a verdade. Não presumo a arrogância de a definir por mim, contra um bispo. Sei que tenho do meu lado (aliás, coloco-me eu ao lado de) a doutrina da Igreja no que diz respeito a estas questões; os ensinamentos de papas e de outros bispos, incluindo o meu, que é o Patriarca de Lisboa e não o Sr. D. Januário.
A unidade da Igreja nunca deve ser conseguida à custa da verdade. É por isso que o Arcebispo Marcel Lefebvre e alguns dos seus seguidores foram colocados de fora da nossa comunhão, e é esse o princípio central que norteia o diálogo ecuménico.
Todavia, dado o carácter público do evento de que eu falo, o lançamento de um livro, em local público e editado por uma editora que pertence ao maior grupo editorial do país, custa-me muito aceitar que tenha sido o meu post a contribuir para a desunião da Igreja, e não o evento ao qual reagi.
Qual é o bem? Mais uma vez, discordo da sua conclusão. Parece-me que, não obstante as suas outras críticas, há bem. Como disse, o acto do Sr. Bispo é público (como têm sido vários outros aos quais nem sequer me estou a referir), por isso não me parece grave que a censura que lhe faço seja pública também.
Onde lhe dou razão é na questão de limitar o meu “desabafo” a este blogue, pouco lido. Porque não quero fazer de “queixinhas”, reclamando aos superiores do Senhor Bispo em questão, pesquisei e encontrei o e-mail do D. Januário: januario@csarfa.mdn.gov.pt (atenção que este e-mail está num site público, pelo que não será indiscrição divulgá-lo). Vou escrever um e-mail a alertar o Sr. D. Januário para o meu post e para o meu desabafo, na esperança de que ele o leia e possa assim reconsiderar algumas das suas posições ou, caso verifique que sou eu quem está no erro, que me corrija.
Mas não tiro o post, nem penso que o deva fazer. Se não o tivesse escrito esta discussão não teria surgido. As pessoas que costumam cá vir não ficariam a saber deste acto público que, na minha opinião, constitui um escândalo e não se poderiam precaver contra ele.
Quando eu vejo que um Bispo promove um documento que diz respeito a um texto tão importante como o Humanae Vitae (e não o evangelium vitae, como erradamente escrevi no post original), parto do princípio que os conteúdos desse livro são sãos e de confiança. Muitos católicos poderão comprar e ler o livro, aceitando os erros que ele contém, precisamente por causa desse facto.
Este blog pode ser pouco lido, mas é lido por alguns. Se o meu post contribuiu para pelo menos uma dessas pessoas não ser levada no engano desse livro e do apoio a ele dado pelo Sr. D. Januário, será aí mesmo que encontrará o bem que lhe ilude.
ZMD, gostaria de agradecer os seus comentários. Calculo que continuará a discordar de mim, mas sem eles a questão não teria sido mais aprofundada e todos ficaríamos a perder.
Procurei escrever esta resposta/clarificação num espírito de humildade e não conflituoso, algo que por natureza não me é muito fácil, e espero ter conseguido. Peço desculpa se não o parecer.
A si os meus cumprimentos, aos restantes Peregrinos de Santiago, um grande abraço.
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